Marcos Almeida diz que a empresa já nasceu com consciência
ecológica
Fotos: Rômulo Portela
Os canteiros de obras, amontoados por materiais que ainda
chamamos de "lixo", são na verdade uma verdadeira fonte de
matérias-primas para os sócios Marcos Renê Almeida, Ricardo Soares Damasceno,
Angelita Pavão e Marcos Vinícius Mendonça.
Fundadores da Mega Madeira Móveis, eles transformam madeiras
de demolição, dobradiças, ferragens, garrafas, portas, janelas em móveis de
design moderno, sofisticado e exclusivo, cativando arquitetos e decoradores
baianos.
A nova vida dada a peças que seriam amontoadas em um aterro
é o que Marcos Almeida explica como a “consciência ecológica” que já nasceu com
a empresa: “Evocamos elementos como a reciclagem e a reutilização de produtos
em nosso projetos”, enfatiza.
A empresa produz e comercializa móveis de tipos variados,
como mesas de centro, armários, balcões, cadeiras, peças raras e modelos de
época, a exemplo de antigas máquinas registradoras, balcões de bares e
farmácias, dormentes, monjolos e rodas d’água.
Há projetos executados e sob medida. O músico e também
arquiteto Durval Lelys já desenhou e contribuiu com o trabalho da Mega Madeira,
a exemplo da linha “Coco Bambu”, da mesa de centro “Gladiador” e do sofá
“Padang Beach”.
No mercado há cinco anos, com fábrica própria na região da
estrada Cia-Aeroporto e loja no bairro Caminho das Árvores, o faturamento da
Mega Madeira Móveis cresce a uma média de 50% ao ano. “Nosso principal público
é de alto padrão, que costuma ter uma consciência ecológica mais avançada”,
ressalta Marcos. Entre os clientes da loja estão o condomínio Reserva Imbassaí,
Pousada Tayuana e restaurantes como Pereira e Casa de Palha.
Requinte e sustentabilidade conquistam o gosto dos mais
requintados
Aposta de mercado
Os sócios apostam ainda mais na área de sustentabilidade e
decidiram investir na técnica de Madeira Laminada Colada (MLC), proveniente de
florestas plantadas, principalmente de eucalipto e pinus. “A sustentabilidade é
o único caminho”, defende o Marcos. A MLC alia colagem com laminação, uma
reconstituição da madeira a partir de lâminas (tábuas). A alta resistência ao
fogo e a substâncias químicas é outra vantagem apontada pelos especialistas.
Marcos lembra que os órgãos fiscalizadores, como o Ibama,
apertam cada vez mais o cerco contra os que insistem em fornecer e
comercializar madeira oriunda de desmatamento e adianta: “Planejamos a
implantação de uma fábrica de MLC até 2014, nas imediações da Região
Metropolitana de Salvador”.
Fonte: EcoDesenvolvimento