Foto: Ascom - Prefeitura Votupuranga
As listas de material escolar solicitadas pelas escolas,
somadas aos livros didáticos que os pequenos utilizarão ao longo do ano, têm um
sabor bastante salgado para o meio ambiente e os bolsos dos pais, anualmente.
Mãe de três filhos, a pedagoga Zenilde Bispo, 49 anos,
decidiu que estava na hora de diminuir as despesas com os livros didáticos.
Ela, então, transformou a garagem de sua casa, em Aracaju, em uma feira de
livros usados.
Funciona da seguinte forma: Os pais que querem se desfazer
de livros escolares usados e em bom estado de conservação, os vendem a outros
que desejam gastar menos. Zenilde acrescenta, em média, R$ 5,00 no preço do
produto. Segundo ela, a economia pode chegar a 70%.
“Vale muito a pena. Se fosse comprar todos novos, gastaria
quase R$ 3 mil. Comprando alguns usados, a conta ficou em R$ 1,6 mil. Já foi
uma redução considerável”, afirmou à Agência Brasil a técnica em enfermagem
Liana Ferreira, que comprou 11 dos 28 livros solicitados na lista escolar de
seus dois filhos.
Foto: Asamblea Carabanchel
Opções
Para quem não mora nas proximidades da capital sergipana, a
alternativa é procurar se na sua cidade possui feiras de livros usados do
gênero. Outra boa maneira é consultar os pais dos alunos que fizeram a mesma
série no ano anterior para verificar se eles possuem os livros em bom estado.
Nesse caso, a própria escola pode facilitar este contato e
até organizar uma feira – na Inglaterra, é comum as escolas montarem um local
onde os pais podem trocar ou comprar uniformes usados. Você pode sugerir a
ideia para a direção e até montar uma feirinha com mais produtos, como os
próprios livros, mochilas, e artigos escolares em geral.
Uma alternativa é ainda procurar em sebos da sua cidade.
Quem não tem tempo nem disposição para bater perna por aí, pode recorrer aos
sebos virtuais. O site Estante Virtual reúne mais de mil sebos por todo o país.
O processo de compra é simples e os preços muito mais baratos que nas
livrarias.
De acordo com o site, em uma pesquisa feita com o site
Buscapé (que compara os preços das maiores lojas do país), a economia média
gira em torno de 76%, podendo chegar a 96% em títulos específicos.
Foto: Gov/Ba
Material sustentável
Antes de sair por aí comprando os outros itens da lista
escolar, é bom dar uma verificada na mochila do seu filho do ano passado. Muito
material que sobra do último ano letivo ainda pode ser utilizado. Lápis de cor,
estojos, borrachas, marcadores de texto, pastas, fichários, apontadores,
réguas, mochilas e lancheiras muitas vezes voltam em boas condições, bastando
uma limpeza.
Outra coisa que pode ser reaproveitado é o caderno. Tire as
páginas usadas e crie uma capa nova com imagens recortadas de revistas ou da
internet. Pronto, um caderno novinho para mais um ano de uso.
E se ainda tiver que adquirir novos materiais, prefira os
sustentáveis: eles não só ajudam a proteger o meio ambiente, como possuem menos
química prejudicial ao seu rebento. Réguas e apontadores, por exemplo, podem
ser de metal e não de plástico, já que os de metal são menos poluentes.
Reutilize livros didáticos de alunos mais velhos, escolha, se possível,
calculadoras solares e prefira sempre lápis fabricado com madeira certificada,
ou seja, que não agrediram as florestas.
Fonte: EcoDesenvolvimento