O surfista brasileiro Jairo Lumertz elaborou um projeto
interessante que une seu ofício com a sustentabilidade. Ele ensina crianças a
transformar garrafas PET em prancha de surf.
A ideia surgiu durante uma viagem no Havaí, em 2007, e se
concretizou tempos depois com a ajuda de amigos aqui no Brasil. Seu objetivo é
promover esporte e consciência ambiental entre crianças e adolescentes.
São fabricados e comercializados tradicionalmente dois tipos
de pranchas: as de resina de poliuretano com resina de poliéster insaturado e
de poliestireno epóxi. Tobias Schultz, um dos membros do projeto, investigou o
impacto ambiental de ambas as fabricações e descobriu que os dois tipos geram
muita poluição e muito resíduo de matéria-prima. Por isso, as pranchas
alternativas são boas opções
Lumertz deixa claro que o produto pode ser feito pelas
próprias crianças, mas não deve ser utilizado em ondas muito grandes, afinal,
não é tão resistente quanto a prancha convencional. Ao tentar “pegar” uma onda
grande há o perigo dela se partir, correndo o risco de machucar alguém e ainda
gerar lixo no mar. Em sua página no Facebook, o grupo responde a um membro da
rede afirmando que a cola é resistente e especial para a prancha e acidentes
desse tipo nunca aconteceram.
Além de ajudar o meio ambiente, a prancha ecológica é uma
maneira de agregar crianças de baixa renda ao esporte mais restrito às famílias
com melhores condições financeiras. Depois de o projeto ser destaque no Globo
Esporte, muitas escolas demonstraram interesse e algumas nos estados de Santa
Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro receberam palestras do grupo.
O Projeto Prancha Ecológica arrecada garrafas PET e latinhas
para reciclagem e quem tiver o material para doar pode entrar em contato com o
grupo.
Com informações do Ecoinventos.
Fonte: CicloVivo