segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Jovens organizam trotes sustentáveis nas universidades brasileiras


O Trote Ecológico é uma iniciativa dos criadores da página Juventude Sustentável, fundada em julho do ano passado no Facebook. A ideia trocar a violência dos trotes tradicionais pelo plantio de árvores.

Centenas de usuários no Facebook aprovaram o Trote Ecológico, uma proposta de interação pacífica entre os calouros e veteranos das universidades no ano de 2013. O desafio da versão verde do trote é fazer com que os novos universitários plantem o maior número possível de árvores na cidade em que vivem, atingindo não só os estudantes, mas também beneficiando toda a comunidade local.

De acordo com os membros da Juventude Sustentável, o que desencadeou a ação foi uma determinação aprovada em 2010 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que aborda a necessidade das campanhas e dos projetos de educação ambiental.  Assim, os organizadores do Trote Ecológico querem utilizar as redes sociais para conscientizar a sociedade sobre a preservação do meio ambiente.

A página “Juventude Sustentável” foi criada no ano passado pelo estudante Rondinele Santana, da UNESC (União de Ensino Superior de Campina Grande). Mais de 119 mil usuários curtem a fanpage do movimento no Facebook, em que são postados conteúdos de cunho político e de educação ambiental, como mensagens de encorajamento ao plantio de árvores e à reciclagem do lixo.

Fonte: Ciclo Vivo 

Espanha tem a maior construção com materiais reciclados do mundo



A província espanhola de Granada, na Espanha, decidiu criar um monumento arquitetônico que incentive a reciclagem. Para isso, foi necessário contar com a colaboração de cem colégios locais, que coletaram embalagens do tipo Tetra Pak.


O projeto foi idealizado pelo Departamento de Meio Ambiente do Governo de Granada com a proposta de sensibilizar a população local sobre o cuidado com os resíduos pós-consumo. A campanha trabalhou especificamente as embalagens de leite e outros produtos, que são feitas em um material equivalente ao que é utilizado no Brasil.

O resultado do projeto foi a construção de um pavilhão feito com 45 mil embalagens reaproveitadas. A edificação foi instalada nas proximidades da Torre de Visualização do Parque das Ciências de Granada e entrou para o livro dos recordes como a maior construção com materiais reciclados do mundo.


A estrutura se assemelha a um grande labirinto, com uma torre central. Em termos arquitetônicos, o projeto foi feito com o intuito de ser bastante versátil, podendo mudar de forma em diversos pontos. O site ArchDaily comparou a construção com obras feitas com peças de legos.

O pavilhão levou duas semanas para ser construído e o resultado do trabalho foi uma estrutura de 30 metros de comprimento, por 15 de largura e sete de altura. O local também será utilizado como uma unidade de reciclagem.  


Fonte: Ciclo Vivo 

E se você pudesse extrair ouro da água com uma planta?


Quando se fala em dinheiro, uma coisa é certa: ninguém reclamaria se tivesse uma graninha extra para dar conta de comprar mimos para si mesmo, para a família e amigos, para reformar a casa, trocar o guarda-roupa… Por mais que todas essas coisas pareçam fúteis, a verdade é que a maioria das pessoas gostaria de ter mais dinheiro para gastar como bem entendesse no dia a dia sem ter que se preocupar com o saldo no final do mês. Já dizia o ditado popular: “O ouro é um metal precioso, alcunhado de vil pelos que não o possuem”.

Pois cientistas da Universidade Estadual de Moscou e do Instituto de Geoquímica e Química Analítica Vernadsky finalmente encontraram um novo jeito de extrair ouro da água. Ou, pelo menos, no estudo publicado na revista científica russa Doklady Biological Sciences, dizem ter encontrado. Para conseguir a artimanha, contaram com a ajuda fundamental da planta aquática Ceratophyllum demersum.

Segundo o estudo, essa macrófita – muito popular em aquários, por sinal – tem a capacidade de imobilizar nanopartículas de ouro após a adição de água. A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de uma nova maneira de extrair ouro ou outros elementos químicos raros da água. Só que a ideia de extrair ouro da água a partir de plantas não é nova: desde 1934, quando foi publicado artigo na revista norte-americana Modern Mechanix, cientistas especulavam a possibilidade de filtrar com plantas a água do mar. Mas sabemos que o metal precioso mais maleável do mundo está espalhado pelos oceanos em concentração média ainda mais baixa do que está espalhado pela crosta terrestre.

Medalha de ouro para a pesquisa? Bom, se ela fosse feita de ouro mesmo, no auge de seus 400 gramas, valeria a bagatela de R$ 43 mil. Brincadeiras à parte, convenhamos: esse processo é bem melhor – e mais econômico – do que arriscar contaminar a água com mercúrio!

Fonte: Superinteressante 

Príncipe Charles quer lutar contra as mudanças climáticas


O príncipe Charles revelou que está determinado a lutar contras a mudanças climáticas para o bem estar das próximas gerações em uma entrevista televisionada. O herdeiro do trono da Inglaterra, defensor do meio ambiente, afirmou que não quer que seu primeiro neto pergunte por que ele não fez mais para impedir o aquecimento climático.

O príncipe William, filho mais velho de Charles, e sua esposa Kate anunciaram em dezembro que estavam esperando seu primeiro filho.

"Eu não quero ouvir meu neto me perguntar: 'Por que você não fez alguma coisa?", declarou ao canal de televisão privada ITV o príncipe Charles, de 64 anos.

"Naturalmente, agora que teremos um neto, este é mais um motivo para tentar garantir que deixemos algo mais do que um cálice completamente envenenado", acrescentou.

O príncipe Charles expressou seu desejo de não deixar "um mundo cada vez mais disfuncional" para seu descendente, que será o terceiro na linha de sucessão ao trono.

Ele criou um programa contra o desmatamento em 2011 chamado de Prince's Rainforest Project.

Nesta entrevista, o filho mais velho da rainha Elizabeth II também ressaltou que temia por seu filho mais novo, o príncipe Harry, atualmente destacado no Afeganistão como piloto de helicóptero.

"Se você é pai, parente ou companheiro de alguém que está longe, nessas condições terrivelmente perigosas, você se preocupará constantemente", afirmou.

"Eu me preocupo a cada noite, mas ele (o príncipe Harry) ama o que faz e ele é brilhante em seu campo", disse.

Fonte: Exame.com 

Nova carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2) começa a vigorar com 35 empresas


O Índice Carbono Eficiente (ICO2) começa a vigorar com uma nova carteira a partir de segunda-feira, 7 de janeiro, até 3 de maio de 2013. Lançado em 2010 pela BM&FBovespa, a iniciativa é composta pelas ações das companhias integrantes do índice IBrX-50 que aceitaram participar dessa ação, adotando práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE).

A ponderação da carteira leva em consideração o grau de eficiência de emissão de GEE, além do free float (ações disponíveis para negociação) de cada uma. Os fatores de emissão são recalculados anualmente, enquanto o free float é avaliado a cada quatro meses.

Para a atual carteira, todos os dados de emissão foram categorizados pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), utilizando-se as diretrizes do ICO2. Essas diretrizes tornam obrigatória para as empresas a apresentação de inventário de GEE contemplando emissões referentes ao escopo 1 (emissões diretas do processo produtivo), escopo 2 (emissões indiretas relativas ao consumo de energia) e escopo 3 (emissões indiretas relativas à logística terrestre e a viagens aéreas de negócios).

O recorte metodológico do ICO2 não leva em consideração as ações de compensação de emissões de GEE desenvolvidas pelas empresas. No entanto, com o intuito de facilitar a visualização dessas iniciativas, a BM&FBovespa disponibiliza um ambiente específico no site Em boa Companhia, a fim de que as organizações participantes possam divulgar seus inventários de emissão e ações mitigadoras.

As 35 empresas que compõem a nova carteira do ICO2 são as seguintes:

  • ALL;
  • Ambev;
  • BM&FBovespa;
  • BR Malls;
  • Bradesco;
  • Bradespar;
  • Banco do Brasil;
  • Braskem;
  • BRF Foods;
  • CCR;
  • Cemig;
  • Cielo;
  • Cosan;
  • Eletropaulo;
  • Fibria;
  • GOL;
  • Itaúsa;
  • Itaú Unibanco;
  • JBS;
  • Klabin;
  • Lojas Americanas;
  • Lojas Renner;
  • Marfrig;
  • MMX;
  • MRV;
  • Natura;
  • OGX Petróleo;
  • OI;
  • PDG Realty;
  • Santander BR;
  • Souza Cruz;
  • Suzano Papel;
  • Telefônica,
  • TIM;
  • Vale.
Fonte: Ecodesenvolvimento




Starbucks oferece copos reutilizáveis para ajudar a reduzir o desperdício


Além de dar descontos para os clientes que levarem os próprios copos reutilizáveis, a Starbucks, maior rede de cafeteria do mundo, oferece agora o copo reutilizável, com a marca da empresa, no valor de US$1,00 (o equivalente a R$ 2,00), no intuito de reduzir o consumo excessivo de copos de papel.

Os copos, produzidos na China e com três tipos de tamanhos, já foram testados em 600 lojas no noroeste do Pacífico ao longo dos últimos meses e será lançado no dia 10 de janeiro nos Estados Unidos e Canadá, segundo informações do Daily Mail.

Alguns varejistas estão preocupados com a reutilização dos copos, que segundo eles, podem causar a contaminação por bactérias. No entanto, a empresa garante que a limpeza oferecida resolve o problema. Ao chegar à cafeteria o cliente dá o copo, que será limpo com água fervente, e depois preenchido com o café do dia.

O diretor de assuntos ambientais da Starbucks, Jim Hanna, afirmou que além dessas soluções a empresa também está buscando a melhor maneira de reciclar seus copos de papel. Ele contou também que o teste de marketing dos novos copos mostrou que as pessoas estão dispostas a adquirir o produto em prol do meio ambiente.

Fonte: Ecodesenvolvimento 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Clube monta praia artificial na capital paulista


O Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET), localizado no Tatuapé, zona leste da capital paulista, recebe uma decoração temática neste verão. As piscinas do clube se transformaram na “Prainha Paulistana”, atração gratuita que tem até areia e aulas de surfe.

As pessoas que quiserem ir à praia durante as férias não vão precisar percorrer os 72 km que separam São Paulo do litoral. Criado na zona leste da cidade, o cenário litorâneo do Parque Esportivo dos Trabalhadores ficará aberto ao público até o final das férias escolares.

A “Prainha Paulistana” do PET conta com brinquedos aquáticos, areia e atividades esportivas. Entre os brinquedos, destacam-se o Saturn, que simula a sensação de flutuação no espaço com uma boia gigante, e Totter Max, uma gangorra que desafia os banhistas a ficarem em pé, sem cair na água. Outra atração é o tobogã Iceberg.

O surfe e o Stand-Up Paddle são as modalidades esportivas que ganham maior destaque na “Prainha Paulistana”. Os usuários do PET poderão participar das aulas, que ocorrem todos os sábados. Além dos esportes praticados em cima da prancha, o clube também realiza atividades recreativas, como hidroginástica e biribol.

Para participar das atividades, é necessário fazer uma carteirinha gratuita e que pode ser feita na administração do clube. Para se associar ao PET, é preciso apresentar RG, comprovante de residência, duas fotos 3x4 e um atestado médico. Os usuários que não tiverem o atestado podem fazer o exame médico no local.

A “Prainha Paulistana” vai funcionar até o dia sete de fevereiro.  O clube fica aberto de terça a domingo, e as atividades recreativas ocorrem às sextas-feiras e aos finais de semana.

Fonte: Ciclo Vivo 

Luminária movida a energia solar tem design divertido


Há uma infinidade de modelos de luminária no mercado e as ecológicas podem ser ótimas opções. Para atrair o público que prega o baixo consumo de energia foi criada a luminária Globoy movida a energia solar.

O modelo combina design moderno com sistema ecológico. Durante o dia ela pode ser um ótimo item de decoração, seu charme está no momento em que recarrega as baterias como se estivesse dormindo.

Além de ser uma peça divertida para expor em casa, à noite basta virá-la de cabeça para baixo para que as “feições” da luminária alterem-se e ela fique parecida com um boneco sorridente que emite uma luz azul e ilumina o ambiente.

É possível recarregar a bateria apenas invertendo sua posição. Quando colocada de cabeça para baixo, os receptores de luz solar estarão expostos para cima, onde receberá a luz e recarregará sua bateria. Quando ela for recarregada, basta reposicioná-la na posição correta que estará pronta para o uso.

A luminária Globoy funciona de forma simples com placas de captação de luz solar e capacidade para armazenar energia. Sua carga pode durar por aproximadamente seis horas seguidas.

Fonte: Ciclo Vivo 

Designer britânico utiliza rolhas de champanhe para fazer lustres



A temporada de férias inclui muitas festas e comemorações, em especial, no fim de ano. Nessa época um dos itens que se espalham pela casa são as rolhas das bebidas. O que para muitos representa apenas mais resíduos, para designers ecológicos pode significar ótimas matérias-primas para a construção de novas peças.

Uma dica do designer Alkesh Parmar é utilizar as rolhas dos vidros de champanhe para fazer uma luminária moderna. A ideia surgiu quando ele percebeu a quantidade absurda de rolhas desperdiçadas em bares e restaurantes.


Parmar é um artista plástico britânico e neste trabalho ele montou manualmente cada cortiça no lustre com lâmpadas individuais. Em 2011, o profissional formou-se no Royal College of Arts (RCA) e ganhou destaque com o projeto Apeel.

O Apeel, segundo a Revista Casa Vogue, foi a criação de uma material totalmente diferente e 100% biodegradável, feito com casca de laranja. Dessa forma, Parmar cria sua marca reutilizando materiais e criando produtos mais ecológicos.


Já o trabalho feito com rolhas de champanhe foi batizado por ele de "lustre celebração". No site da RCA ele afirma seu gosto pela reutilização. “Estou engajado na reflexão sobre processos de ‘re-materialização’, materiais que estão sendo transformados de uma esfera a outra, especificamente materiais que normalmente estão destinados a se tornarem resíduos”.

As luminárias do artista são feitas para decorar diferentes ambientes, como salas de estar, restaurantes e bares. Para cada projeto há uma maneira diferente de construir o lustre e colocá-lo como parte da decoração.

Fonte: Ciclo Vivo  

Telhado verde vira parque no Japão


O Namba Parks é um complexto de escritórios e lojas em Osaka, no Japão. Uma das características sustentáveis da construção é o telhado verde, que passa pelos oito diferentes níveis do telhado. Além disso, as pessoas podem circular pela área verde, tornando um parque no meio da cidade.


Antes, a construção abrigava o estádio do time de beisebol. Um exemplo de como é possível reutilizar até as construções.

Fonte: Atitude Sustentável 

Que tal trocar a torneira aberta por um copo de água na hora de escovar os dentes?


O Instituto Akatu prevê que cada pessoa que deixa a torneira aberta ao escovar os dentes por dois minutos, duas vezes ao dia, gaste em torno  de 300 litros de água em um mês. Quando esta mesma pessoa fecha a torneira enquanto escova os seus dentes e utiliza um copo de água no seu lugar, esse gasto passa a ser apenas 12 litros em um mês.



Portanto, sempre que for escovar os dentes, feche a sua torneira e utilize um copo com água para enxaguar a boca e depois lavar a sua escova. Desta forma são economizados mais de 10 litros de água em cada escovação.

E se a água do copo acabar antes do processo terminar, basta enchê-lo novamente.

Lembrando que o resultado da sua higiene não mudará absolutamente NADA com isso, e você de quebra economizará muitos e muitos litros de água durante o ano com uma medida muito fácil, contribuindo com o meio ambiente e também com o seu bolso!

Outra forma de economizar também é instalar em sua casa uma torneira como a Docol Oasis Flex, a Genius Flex ou a Comfort Flex, que seguem o princípio de sustentabilidade e que possuem o fechamento automático para não desperdiçar a água na hora de escovar o dente.


Fonte: Blog Planeta Água






Como é viver em uma cidade sem carros?


O que acontece quando você projeta uma cidade sem automóveis? Você recebe crianças e cães capazes de ir a qualquer lugar sem medo de serem atingidos por carros e caminhões. Você ganha um diferente sistema de entregas, coleta de lixo, todo feito por carrinhos de mão.


Assim é Veneza, uma cidade inteira desenvolvidas com canais.  E o mais impressionante dela é a sua rede para pedestres que é o verdadeiro caminho em que a maioria das pessoas se locomove. Barcos são difíceis de estacionar e barcos particulares não são permitidos no Grande Canal durante as horas de trabalho, por isso as pessoas andam. Elas não têm muita escolha, porque não há carros. Não há caminhões, nem carros de polícia, apenas pedestres.

A parte do lixo em particular é fascinante, há coleta todas as manhãs: um dia é de plásticos, nos outros o papel, os rejeitos, etc.  e tudo é feito por carrinhos de mão e de maneira rápida por causa dos ratos. É um trabalho muito intenso, mas que é feito de forma eficiente.

Cada ponte sobre cada canal tem degraus de cada lado para permitir barcos e gôndolas a atracarem. Todos os fornecimentos para restaurantes e lojas têm de ser arrastado para cima e para baixo, de um lado para o outro. Alguns carrinhos de mão têm conjuntos de rodas especiais para ajudá-los a subir escadas. Mesmo os correios têm seus próprios barcos e carrinhos de mão.

Os prédios são muito próximos e as ruas para pedrestres variam de largura. O modelo na teoria parece um sonho, mas na prática há muitos problemas que rolam por lá.



Devido ao aumento do nível das águas; pisos de terra que costumavam ser habitáveis agora são vazios e ficam inundados regularmente. Barragens de metal são instaladas nas entradas para manter a água fora das casas e os idosos têm problemas reais para subir e descer.

De qualquer forma, viver em um mundo sem carros,  sem o ruído e a poluição causada pelo tráfego de automóveis deve ser um prazer imensurável, que funciona, mas de uma maneira bem peculiar.

E você? O que acha?


Fonte: Blog Planeta Água

Italiano cria forno solar capaz de dessalinizar água



O designer italiano Gabrielle Diamanti criou uma tecnologia simples para transformar água salgada em água potável. O projeto foi apelidado de Eliodomestico e também funciona como forno solar.

A inspiração do designer veio a partir de uma comoção frente à crise mundial de água e pela intenção em criar um equipamento que pudesse auxiliar comunidades em todo o mundo, que sofrem por não terem acesso à água limpa.

Nem sempre as tecnologias precisam ser complicadas para serem eficientes. A criação de Diamanti é a prova disso. O Eliodomestico funciona como um coador de cabeça para baixo, que dessaliniza a água salgada.

O forno cerâmico é divido em três partes principais. O recipiente preto é o local onde a água salgada é armazenada. Assim, com o calor do sol a água cria vapor, que é empurrado pela pressão através de um tubo de seção. O vapor é condensado contra a tampa do forno, na parte inferior, e em seguida escorre para a bacia de coleta.

De acordo com o criador, a estrutura é capaz de produzir até cinco litros de água potável por dia. Outra vantagem é o preço para a fabricação, estimado em US$50, aproximadamente R$100. O forno foi projetado com um design ideal para ser carregado na cabeça, forma comum à África subsaariana.

O designer pretende criar projetos que permitam que famílias necessitadas em todo o mundo tenham acesso ao Eliodomestico. 

Com informações do TreeHugger.

Fonte: CicloVivo

Plataforma auxilia comércio de óleo usado

Foto: reproduçao

Nada de cartazes, sites de anúncios ou boca-a-boca. Quem lida com grandes quantidades de óleo, como grandes restaurantes, já pode vender - e comprar - a substância usada com apenas alguns cliques do mouse. Ao menos, nos Estados Unidos. A plataforma Stay Green Oil oferece gratuitamente a possibilidade de comercialização do óleo para ser reciclado.

O site oferece cadastros distintos para compradores e vendedores, além de incluir ferramentas como relatórios de compras e cotação atual do mercado, permitindo aos usuários prever receitas futuras.


A comercialização pode ocorrer de duas maneiras: um vendedor pode realizar um leilão para atrair compradores à mercadoria ou simplesmente oferecê-la de forma privada a um determinado comprador. A iniciativa ja salvou do ralo da pia mais de 500 galões de óleo.

Por enquanto, o Stay Green Oil  é restrito as terras do Tio Sam, mas quem sabe não há alguém disposto a adotar a ideia em território verde-e-amarelo. Os milhões de litros de água contaminados diariamente com o descarte indevido de óleo agradecem.

Fonte: EcoDesenvolvimento

7 dicas para ter um escritório verde


Dar uma repaginada ecológica na firma pode ser mais fácil do que você imagina. E isso ainda rende diminuição nos gastos da empresa.


 Saiba as mudanças que você deve fazer no seu local de trabalho para que ele seja mais sustentável.

Desde que começou a se falar em sustentabilidade e consumo consciente, diversas ações surgiram para que esses conceitos fossem colocados em prática. Mas se tem um lugar onde ainda há desperdícios é o ambiente empresarial. Então, se a ideia é dar um chega para lá no desperdício, o desafio é dar aquela repaginada ecológica no escritório, colhendo, no futuro, os louros provenientes dessas mudanças. Para tanto, é importante readaptar ou remanejar o espaço, perceber o que, de fato, é relevante e irá gerar uma mudança positiva para as pessoas e para o ambiente de trabalho.

Modificações simples como a priorização da luz natural, o uso de cores claras e materiais de fácil limpeza estão na lista das ações que podem dar um "up" no negócio.

“Mas para que a repaginada seja satisfatória, é importante se informar sobre a cadeia produtiva dos produtos e sobre o teor da responsabilidade social e ambiental da empresa, além de reutilizar e reciclar com criatividade e priorizar produtos que sejam de origem natural”, avalia Roberta Arend, bioarquiteta da Arquitetura Ambiental.

Lembre-se de que muitos encaram a sustentabilidade como uma moda. Por isso, fica muito fácil cair em armadilhas.

“Elas são conhecidas por greenwash ou verniz verde, que são produtos e serviços que pegaram carona nessa onda com a intenção de aumentar as vendas, não cumprindo com os benefícios econômicos e ambientais como se espera”, completa Vicente Castro Mello, arquiteto da Castro Mello Arquitetos.

Quer apostar nessas mudanças conscientes? Elencamos transformações simples que podem fazer toda a diferença para o seu escritório – e para o planeta.

1. Mude a decoração

Ela é superimportante para causar boa impressão. E para deixar o ambiente mais leve, o indicado é que você opte por cores claras, que ainda irão ajudar com a luminosidade do local por refletirem a luz. “Outra dica: faça uso de tons mais aconchegantes para que o ambiente não se torne frio demais pelo excesso de claridade”, diz Gustavo Mincarone de Souza, bioconstrutor da Arquitetura Ambiental.

A pintura, no entanto, deve ser feita à base de água e com tintas naturais. “Você precisa pensar em todas as etapas do ciclo de vida do produto. Veja de onde os materiais vêm e pra onde vão no fim de sua vida útil”, ressalta Daniela Corcuera, arquiteta da Casa Consciente Consultoria e Arquitetura Ambiental.

Para o chão, opte por cimento queimado, ou pisos cerâmicos, bem como piso laminado de madeira. “Lembre-se de que os pisos frios são mais indicados pela durabilidade e baixa manutenção”, aconselha Daniela.

2. Faça um projeto de iluminação

É sabido que o olho humano percebe muito mais a falta de luz do que o excesso dela. É por isso que em um ambiente superiluminado dificilmente alguém se levanta para apagar uma luz. E é ai que você pode estar consumindo uma energia desnecessária.

“Para que isso não ocorra o ideal é privilegiar a iluminação natural”, diz Mello. Assim, se houver a possibilidade de mexer na arquitetura do espaço, vale a pena avaliar a posição de janelas e portas, visando promover a redução dos ganhos térmicos pela incidência solar e pela ventilação natural, por exemplo.

Mas, se esse não for o caso, sensores de luz também ajudam nessa tarefa, automatizando e regularizando a quantidade adequada de luz para cada atividade desenvolvida. “Aposte, ainda, em lâmpadas com tecnologia LED, que são mais duráveis e econômicas e já estão mais acessíveis. Outra boa ideia é o uso de luminárias de mesa, já que essa medida reduz bastante o número de luminárias no teto e, consequentemente, o consumo de energia”, completa o arquiteto.

3. Cuidado com os banheiros

Eles são os grandes vilões do desperdício. Por isso, é preciso ficar atento a esse local, fazendo pequenas mudanças que darão grandes efeitos. “Aposte em equipamentos economizadores, como vasos de duplo fluxo e arejadores nas torneiras. Além disso, use produtos de limpeza biodegradáveis, com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis e de fontes naturais”, conta Daniela.

Você sabia que é possível deixar o banheiro limpo usando alimentos? “Use vinagre, limão e sal para fazer essa limpeza”, ensina Roberta, que ainda ressalta a importância de o banheiro receber incidência solar e ter uma boa ventilação natural para a sua salubridade.

Com relação aos papéis, nada de apostar nos mais baratos, pois essa pode ser uma economia sem resultados. “Eles devem ser de boa qualidade e absorventes, o que reduz a quantidade de uso”, pondera Daniela.

4. Aposte nas plantas

Pode parecer bobagem, mas elas causam um efeito extremamente benéfico para o ambiente de trabalho. “O seu uso traz vitalidade, frescor e renovação do ar, melhorando a qualidade do ambiente. É um excelente recurso e muito acessível”, recomenda Daniela.

Você vai precisar avaliar as condições locais para definir as espécies mais viáveis para o seu escritório, mas boas opções são lírios, antúrios, bromélias, filodendros, palmeiras, bambus e cactos. Elas ajudam, ainda, a arejar o ambiente, como explica Gustavo.

“As plantas são verdadeiras bombas de água e, dessa forma, despejam na atmosfera quantidades significativas de vapor, o que é conhecido por evapotranspiração. Quanto mais calor, maior será essa atividade, e quanto maior for as folhas da planta, maior será a quantidade de água liberada.”

5. Use o ar condicionado com moderação

Sim, o uso desse aparelho deve ser minimizado e, na medida do possível, ele deve ser substituído por ventiladores ou pela ventilação natural. “É interessante, até, a adoção de uma cobertura vegetada, que irá trazer mais frescor e reduzirá o calor transmitido para o interior”, explica Daniela.

Outra boa solução é a proteção solar usando brises e vidros com fator solar adequado, além da ventilação cruzada, que é sempre uma boa saída. “Mas caso o uso do ar condicionado seja necessário, o ideal é procurar modelos com a classificação Procel categoria A, que são mais eficientes e consomem menos energia”, diz Mello.

6. Dê atenção especial aos computadores

Todos os equipamentos eletrônicos consomem energia, geram calor e aumentam a temperatura interna do escritório. Com o computador não é diferente. Por isso, realizar a manutenção e a limpeza desses aparelhos é essencial.

“Como ele é indispensável na maioria das empresas, cuide bem do produto. Configurar o gerenciador de energia do computador para a tarefa específica que vai ser executada é um ótimo começo. Você não precisa ligar o motor de uma Ferrari apenas para ler um e-mail ou navegar na internet, certo?”, questiona Mello.

Lembre-se, ainda, de desligar o monitor e colocar o computador em descanso quando falar ao telefone, quando sair para almoçar ou para tomar um café. Outra boa opção é o uso de programas específicos para o controle do gasto de energia. “São sistemas de automação e monitoramento que permitem identificar dados de consumo energético, possibilitando uma maior conscientização e melhor gestão dos recursos energéticos”, conta Daniela. Um exemplo é o Joulemeter, programa simples que faz esse papel.

Falando em computador, preocupe-se também com a impressora, já que o desperdício nesse caso é sempre muito grande. “Reveja os formatos em que os documentos são criados, pois, às vezes, eles têm espaçamentos exagerados e fontes grandes que demandam mais papel para impressão”, aconselha Daniela.

Faça ainda impressões frente e verso, ou em modo duas páginas por folha, use papel reciclado e reutilize folhas de rascunho. Dê preferência, também, para os equipamentos com cartuchos de tintas individuais, já que eles permitem o reabastecimento somente da cor que está acabando.

7. Pense, também, na locomoção

Se você não gosta de pegar ou dar caronas, é hora de mudar o pensamento.

“Esse recurso entre funcionários deve ser encarada como um comportamento inovador e altruísta, em que as pessoas pensam além da comodidade e levam em consideração o bem-estar coletivo e a redução dos impactos ambientais”, avalia Daniela.

Ainda há outros benefícios, como a redução dos custos e a oportunidade de conhecer novas pessoas. E isso deve partir, também, da empresa.

“Ela deve educar os colaboradores e pode criar incentivos para que eles procurem alternativas de transporte mais eficientes. É possível, por exemplo, oferecer vagas de estacionamento para veículos com mais de um passageiro ou para carros com motor flex, os híbridos ou os elétricos.

Oferecer um pequeno vestiário para quem optar pelo uso da bicicleta para a troca de roupas é outra boa dica, além de poder recompensar financeiramente quem se preocupa com essa questão”, recomenda Mello.


Fonte: Exame

9 curiosidades verdes (algumas surreais) sobre o Google


Gigante da internet investe em energia renovável, usa cabras no lugar de cortador de grama, libera bermuda para quem trabalha nos servidores e ainda cultiva abelhas.


Ao acessar diariamente sua conta no Gmail, uma pessoa emite, em média, 1,2 kg de CO2 por ano. Imagine, agora, o impacto ambiental gerado pelas atividades da maior empresa mundial da internet. Preocupado com o seu “karma” ecológico, o Google está em empenhado em desenvolver o seu lado verde. Prova disso, são as ações ambientais que vem empreendendo nos últimos anos – uma mais curiosa que a outra. Confira.

1 - Pegada de carbono

Em setembro de 2010, o Google revelou pela primeira vez sua parcela de impacto ambiental no planeta. Entenda-se por isso as emissões de carbono advindas das operações da empresa e do consumo de energia ao longo de um ano, ou seja, a sua pegada de carbono. Segundo o relatório de sustentabilidade da empresa, o Google emite, anualmente, 1,5 milhão de toneladas de CO2, algo equivalente às emissões de um pequeno país como Laos, no sudeste asiático, ou sete vezes menos o que emite uma cidade como São Paulo.

2 - Data centers eficientes

Os servidores estão no coração de quase tudo que o Google faz. Por isso, executá-los com eficiência é uma das maiores oportunidades para reduzir o impacto ambiental. E a empresa faz por onde: seus centros de dados consomem 50% menos energia que a média da indústria. Para se ter uma ideia, o total de eletricidade usada pelos sistemas da companhia em 2010 representou apenas 1% dos 198,8 bilhões de kWh usados por todos os centros de dados do mundo no mesmo ano.

3 - Bermuda liberada

Mas só para quem trabalha nos centros de processamento de dados, que, diz o Google, se assemelham a uma selva, devido ao ar quente. O uso de ar-condicionado nessas instalações é mínimo, o que garante um consumo econômico de energia.

4 - Investimento em energia limpa

Acreditando no potencial das tecnologias verdes, o Google já investiu mais de 780 milhões de dólares no setor de energia limpa, ajudando a tirar do papel projetos inovadores, ou mesmo dando o empurrãozinho que faltava. Em setembro passado, a empresa anunciou financiamento de 75 milhõies de dólares para instalação de paineis fotovoltaicos em centenas de residências americanas.

Edifícios mais verdes também são uma preocupação. O complexo de Mountain View, na Calfórnia, é 30% abastecido pela energia gerada por paineis solares.

5 - Alimentação

Os funcionários do Google se esforçam para consumir alimentos locais, seguindo a premissa ecológica de que quanto menor a distância entre onde o alimento é cultivado e onde é consumido, menor serão as emissões.

O Googleplex, com é chamado o complexo em Mountain View, na Califórnia, possui até hortas para abastecimento próprio. Legumes, vegetais e outros alimentos que não são usados pelos 23 restaurantes da empresa seguem para doação ou são transformados em adubo.

6 - Saem os cortadores, entram as cabras

Em outra inciativa verde inusitada, o Google substituiu todos os cortadores de grama por 200 caprinos, que semanalmente aparam a vegetação no complexo.

A “contratação” dos animais foi justificada pela empresa, que afirmou em comunicado que os antigos cortadores eram barulhentos, usavam gasolina e poluíam o ar.

7 - Ferramentas “ativistas”

Ferramentas como o Google Earth e o Maps têm sido utilizadas por ONGS ativistas de causas ecológicas. No rescaldo do maior desastre ambiental da história dos EUA, o vazamento de petróleo no Golfo do México, grupos ambientalistas de todo o país liderados pelo Defenders of Wildlife lançaram mão da ferramenta para mostrar a direção da mancha negra e seus efeitos sobre o ecossistema.

No Brasil, por exemplo, a tribo indígena Surui usa o Google Earth para monitorar a extração ilegal de madeira em suas reservas.

8 - Criação de abelhas

Por mais inesperado que possa parecer, a maior empresa de internet do mundo curte apicultura. O Google possui quatro criadores de abelha no campus da Califórnia e são os próprios funcionários que ajudam na atividade.

Cada cuidador voluntário pode levar para casa um potinho de mel por colheita; o restante é usado nos cafés da empresa.

9 - Transporte elétrico

O Google também aposta no transporte verde para reduzir sua pegada ecológica. Diversos escritórios da empresa nos EUA dispõem de um programa especial de compartilhamento de  veículos totalmente elétricos, além de pontos de recargara. Outra opção são ônibus movidos à biodiesel. A iniciativa ajuda a evitar emissões anuais de 5, 4 mil toneladas de CO2, o que equivale à retirada de 2 mil veículos a gasolina das ruas.


Fonte: Exame

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Prefeito de Curitiba vai à posse de bicicleta para incentivar transporte alternativo



Ver políticos se deslocarem por meio de transportes alternativos em plena cidade pode até ser cena comum em alguns lugares da Europa, mas, no Brasil, essa é uma realidade difícil de imaginar. O novo prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), resolveu dar o exemplo ao comparecer à sua posse na terça-feira, 1º de janeiro, montado em uma "magrela", a fim de cumprir uma promessa que fez durante a campanha eleitoral.

Segundo Fruet, que foi de táxi de casa até a Câmara de Vereadores, e de lá seguiu de bike até a sede da prefeitura, o fato pode ser definido como um simbolismo e incentivo aos modais alternativos aos automóveis.
De acordo com ele, o transporte coletivo será o primeiro assunto a ser tratado em seu governo. "O transporte é uma bomba relógio, os dados são preocupantes", observou o novo prefeito.

A esposa de Fruet, Marcia Oleskovicz, alguns vereadores e dezenas de eleitores o acompanharam na pedalada.

No plano de governo do alcaide, uma das iniciativas é o incentivo do uso da bicicleta para pequenos percursos. O novo prefeito, durante a campanha, prometeu construir 300 quilômetros de ciclovias na cidade.

Fonte: Ecodesenvolvimento 

Móvel é feito com caixas de madeira e jornal



Mais uma ideia de móvel sustentável: feito com a reutilização de madeira de caixotes de frutas, os lados são cobertos com rolos de jornal. O Cubox, feito pela empresa Chartana, pode ser usado como mesa de apoio ou até para sentar.

Fonte: Atitude Sustentável 

Holandeses criam pavilhão flutuante à prova de mudanças climáticas


 O escritório holandês de arquitetura Delta Sync projetou um pavilhão flutuante à prova de mudanças climáticas. O projeto é um piloto para o desenvolvimento de outras construções na cidade holandesa de Roterdã. A estrutura é formada por três grandes esferas conectadas.


Durante os próximos cinco anos o pavilhão permanecerá ancorado em Rijnhaven e funcionará como um centro de exposições e conhecimento para uma abordagem inovadora e inspiradora sobre energia, clima e água.


A construção deve servir como exemplo para o desenvolvimento de outros abrigos resistentes ao aumento do nível do mar, uma preocupação constante em Roterdã e em toda a Holanda. A intenção é de que no futuro seja possível construir bairros inteiros flutuantes e com sistemas eficientes em água e energia.


O objetivo é de que até 2040 sejam edificadas 13 mil novas casas, entre elas, 1.200 devem ser edificadas sobre a água. Nestes locais será possível morar, trabalhar, fazer compras, entre outras coisas.


O pavilhão foi construído tendo a sustentabilidade como prioridade. A fibra utilizada na estrutura é cem vezes mais leve que o vidro, isso resulta na economia de muitos outros produtos. O aquecimento e o sistema de ar-condicionado são abastecidos por energia solar e pelo uso da água da superfície. Além disso, foram instaladas tecnologias que purificam a água utilizada no banheiro.

Fonte: Ciclo Vivo 

Cinto transforma gordura do corpo em energia



A designer holandesa Emmy van Roosmalen criou uma tecnologia capaz de acabar com a dor de cabeça causada pela gordurinha extra. A invenção é conhecida como “Cinturão de Energia” e transforma a gordura da barriga em eletricidade.

O protótipo da tecnologia foi apresentado durante a Semana Holandesa de Design e surge como mais uma alternativa à produção de energia limpa. Apesar de parecer estranho, o sistema utiliza o que existe de mais avançado em termos de tecnologia disponível.

O funcionamento consiste basicamente em utilizar protocélulas artificiais para produzir energia a partir da conversão da gordura natural em Adenosina-5’-trifosfato (ATP). A energia produzida é capaz de recarregar gadgets e celulares.

Os cientistas também têm investido em ideias para aqueles que preferem realmente suar a camisa para ter energia. As opções são diversas e vão desde tênis e pisos equipados com sensores piezoeletrônicos, até, os mais comuns, sistemas que transformam o giro das rodas de bicicletas em eletricidade.

Fonte: Ciclo Vivo 

Benedito Braga e os desafios da gestão da água em 2013

Em entrevista exclusiva ao Planeta Sustentável, Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água, comenta os desafios da instituição e a realidade da gestão hídrica no mundo: cerca de 11% da população ainda não tem acesso à água potável e 37% vive sem redes de esgoto. Otimista, ele acredita que o mundo consumirá esse recurso com mais inteligência e que o Brasil pode ter papel de destaque nesse cenário já que está preparado para compartilhar avançadas tecnologias em gestão, tratamento, captação e uso da água com países menos desenvolvidos.


O professor de engenharia ambiental e civil Benedito Braga - eleito presidente do Conselho Mundial da Água (World Water Council – WWC), em 19 de novembro deste ano, durante sua 6ª Assembleia Geral, em Marselha, na França - quer revigorar a capacidade do Conselho de produzir novas políticas mundiais sobre gestão e distribuição de água. Para tanto, a organização deve manter sua estratégia focada na segurança da água em três direções:
- para as necessidades essenciais humanas,
- para o desenvolvimento econômico e
- para a sustentabilidade ambiental.

No mesmo mês em que deixou o cargo de vice-presidente para assumir a presidência do conselho, Braga participou do Fórum O Futuro da Água, organizado pela revista Exame com apoio do Planeta Sustentável, e revelou dados preocupantes como o fato de que apenas 2,5% da água do planeta é potável e só 0,007% dessa água está disponível para os seres humanos de maneira sustentável. “É o que eu chamo de efeito James Bond”, provocou.

A gestão desses 2,5% de água doce eleva o desafio de abastecer as pessoas com água a um patamar ainda mais alto. E o especialista continuou: “A fragmentação institucional da gestão hídrica nos países em desenvolvimento é um problema que deve ser encarado tanto em nível nacional como internacional. Pelo menos 40% da população humana vive em bacias e rios compartilhados por dois ou mais países. Para os rios transfronteiriços, a questão da gestão desse recurso é uma barreira politica de difícil transposição”.

O novo mandato no Conselho dura três anos, o que significa que Braga ainda terá muito trabalho pela frente. O fato de 2013 ter sido escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o “Ano Internacional para a Cooperação pela Água” agrega ainda mais importância ao tema no mundo. O Conselho deve aproveitar esse calendário para intensificar o debate e ajudar a aumentar a conscientização para conquistar uma realidade diferente da atual, em que cerca de 11% da população mundial ainda não possui acesso à água potável e 37% vive sem redes de esgoto.

A seguir, os principais pontos da entrevista que Benedito Braga concedeu ao Planeta Sustentável, por telefone, em dois momentos - de Marselha e já em São Paulo -, em meados deste mês.

Este ano foram realizados dois importantes eventos: a Rio+20 e o Fórum Mundial da Água, em Marselha, dos quais participaram ministros de Estado, prefeitos, empresas e representantes da sociedade civil. Por conta disso, acredita que o debate sobre água avançou mais? Pode-se dizer que o resultado é positivo?

Creio que sim. O Fórum Mundial da Água foi realmente um evento extraordinário. Levou mais de 35 mil pessoas ao Parc Chanot - Palais des Congrès et des Expositions, em Marselha, para debater o tema. O encontro foi um grande marco: participaram estados e governos, prefeitos e parlamentares, e o Brasil teve participação bastante expressiva. Entre os Ministros de Estado, esteve presente Izabella Teixeira, da pasta de Meio Ambiente. Já na Rio+20, obtivemos resultado muito interessante com a inclusão de um capítulo inteiro sobre água no documento final da Conferência. Desde os anos 1970, esta foi a primeira reunião sobre meio ambiente das Nações Unidas em que o tema apareceu com essa importância de fato, o que prova a relevância que tem conquistado nos debates políticos mundo afora.

2013 será um ano tão promissor para a Água quanto este?

2013 será o Ano Internacional para a Cooperação pela Água, o que significa que o sistema das Nações Unidas reconhece a importância da gestão da água. O tema engloba inúmeras questões. Os países reconhecem a importância da segurança hídrica. Ao falarmos em cooperação, falamos também a respeito do transporte virtual da água por meio dos alimentos. Este ano devem acontecer algumas iniciativas que trarão ainda mais luz ao tema. A aliança pela água promovida por países áridos e semiáridos deve ganhar mais espaço. Neste ano, o Qatar – onde foi realizada a COP18 - Conferência de Mudanças Climáticas - lançará a Aliança Global para Terras Secas (GDLA, na sigla em inglês), que é uma parceria entre países áridos e semiáridos. Portanto, eu acredito que 2013 vai ser um ano em que o debate sobre a água terá bastante destaque, principalmente no que se refere à cooperação internacional.

Este ano, em entrevista ao Planeta Sustentável, o senhor afirmou que SP vai enfrentar racionamento de água nos próximos dez anos. Ainda dá tempo de fazer algo para evitar esse problema? Que outras cidades brasileiras também correm esse risco? O que há de comum entre elas e a capital paulista?

Caso as obras que são necessárias para garantir a segurança hídrica de São Paulo não comecem já, daqui dez anos vamos enfrentar problemas de abastecimento. Mas eu acredito que dá para evitar esse cenário apesar de estarmos atrasados na implementação da infraestrutura necessária para atender a demanda de consumo. Temos que fazer a transposição da água de bacias próximas e criar reservatórios em áreas sensíveis. Mas essas iniciativas demandam tempo para que possam ser aprovadas. Por isso, digo que é preciso começar já. Só que o ritmo destas obras está muito aquém do esperado. Nenhuma dessas obras está implementada no momento. Existem estudos, mas todos em estado inicial, ainda no papel. Não existe nada de efeito em andamento nesse campo.

Estudo da ANA - Agência Nacional das Águas mostra que 50% dos municípios brasileiros, num prazo de dez anos, vão enfrentar problemas de fonte e de abastecimento de água. Por isso, devem fazer já o dever de casa, que é montar essa infraestrutura. O racionamento ao qual me referi, portanto, não é uma prerrogativa da região metropolitana paulista, mas de muitas outras cidades. Enfim, o problema comum é o da fonte de abastecimento. Quer um exemplo? São Paulo vai buscar água em quantidades enormes e cada vez mais longe. É preciso achar um riacho, fazer uma barragem ou um poço de água subterrânea para se conseguir mais água. O problema está na questão da fonte, na água que tem que entrar na rede e não tanto da rede em si. Nem sempre a água do rio está em condições de ser usada. Então, você tem que tratá-la e isso custa dinheiro. O Brasil tem água em locais sujos ou que não têm fluxo regular, ou seja, que dure o ano inteiro. Trazer essa água com segurança para as cidades é uma tarefa extremamente difícil e cara.

O que governantes ao redor do mundo estão fazendo de melhor e de pior na administração dos recursos hídricos? Há exemplos de boa gestão?

O que de pior pode existir é a ausência de gestão, como ocorre em alguns países da África e da Ásia, seja pela falta de recursos financeiros ou de recursos humanos. Também existem países que estão fazendo bem seu dever de casa. O Brasil, por exemplo, no que se refere à gestão de instrumentos legais vai muito bem, mas no que tange ao saneamento vai mal. Nosso país tem mecanismos de participação pública na gestão dos recursos, a França tem sistema semelhante, o México também tem um sistema bem evoluído. Já a Índia é um país com grandes dificuldades porque a água é de competência dos estados e, por isso, parece que há vários países brigando pelo recurso.

No mundo, que cidades mais sofrem com a escassez de água e quais encontraram boas soluções para evitar uma catástrofe maior, adaptando-se aos problemas?

Há alguns bons exemplos. Nos países em desenvolvimento é mais difícil você ter uma situação tranquila. A cidade do México tem problemas, São Paulo criou grandes lagos – como as represas Billings e Guarapiranga - e vai por aí afora. Há lugares onde a população já está estável, não tem taxa de crescimento alta, ou seja, onde as coisas estão mais controladas. Como Nova York, por exemplo, que possui um sistema de abastecimento bastante estável. Paris e Londres são outros bons exemplos. Em geral, as cidades do mundo desenvolvido têm situação mais confortável que os países menos desenvolvidos. Isso, no fundo tem a ver com crescimento populacional, com crescimento de consumo e uma certa estabilidade nos países desenvolvidos. Mas nem nesses países tudo é perfeito. Existem problemas na reutilização do sistema de abastecimento antigo. Em Londres e Paris, ox sistemax já têm mais de 100 anos. Com certeza, daqui a alguns anos será necessário fazer investimentos maciços para reformá-los. Por outro lado, os países menos desenvolvidos precisarão investir bastante para criar sua infraestrutura.

Qual é o papel do Brasil no debate internacional da gestão da água?

O Brasil é um país que implementou, no final da década de 1990, uma legislação de gestão de recursos hídricos bastante moderna para a época. Ele tem certa dificuldade, mas também tem uma moldagem institucional interessante, que serve de exemplo para o mundo todo.

O que o Brasil pode fazer além de participar desse debate? Estamos em condições de criar e exportar tecnologia para melhorar a distribuição de água em regiões nas quais o recurso é escasso?

Sim, temos. Hoje, o Brasil tem conhecimento suficiente e especialistas competentes para colaborar com os países menos desenvolvidos. Pode, portanto, compartilhar tecnologias avançadas sobre gestão, tratamento, captação e uso da água.

Na sua opinião, que medidas podem dar mais agilidade aos comitês de bacias hidrográficas e aprimorar sua dinâmica?

No Brasil, há diferentes níveis de gestão: federal, estadual e das bacias. Uma bacia hidrográfica pode passar por vários estados. E é aí que a situação fica mais complicada porque quem detém o poder de administrar e gerir o rio é o Estado. O comitê de bacias hidrográficas deve dialogar com os diferentes estados e realizar uma gestão mais eficiente e racional. A bacia não conhece os limites políticos, mas sim os físicos. Portanto, essa tarefa é de extrema importância: trazer os diferentes estados para o debate. Assim sendo, o comitê de bacias é elemento imprescindível nesse cenário, mas precisa estar capacitado para promover o diálogo entre diferentes detentores do poder de administração, seja federal, com a ANA ou dos poderes estaduais.

Você acredita em um cenário no qual a população mundial terá acesso à água e que ela será utilizada de forma mais inteligente, sem desperdícios? O que é preciso para que isso se torne realidade?

Sou otimista, por isso acredito que sim. Iniciativas como as do Conselho, o interesse das Nações Unidas pelo tema e a organização de países que começam a mostrar grande preocupação com a boa gestão da água e que reconhecem o acesso à água como direito humano em suas constituições são sinais de que estamos caminhando pra isso. Mas é preciso reunir recursos financeiros para os países pobres. Os países ricos precisam se compenetrar e ajudar os mais pobres a atingir essas metas. Devem promover a ajuda aos países pobres de forma independente. O International Aid, por exemplo, precisa ser revisto e colocado de forma lógica, objetiva, com resultados e metas bem definidos. Mas eu acredito que chegaremos lá!


Fonte: Planeta Sustentável